Como uma jovem de vinte e poucos anos crescendo na era do namoro online, não fui condicionada a priorizar termos como “lealdade” e “fidelidade”. Nossa cultura condicionou as gerações mais jovens a buscar gratificação imediata e experimentar as pessoas como provaríamos roupas. Ser uma pessoa leal ou fiel em relacionamentos ou amizades não é necessariamente encorajado ou promovido pela mídia nos dias de hoje.
Na minha opinião, acho que minha geração associa os termos “lealdade” e “fidelidade” a estar preso ou ter falta de liberdade pessoal. Até certo ponto isso é verdade. Quando você está em um relacionamento fiel e leal, você sacrifica algum nível de liberdade pessoal. Você tem que pensar em outra pessoa e tomar decisões com ela. Você pode até ter que comprometer seus próprios planos. No entanto, acho que a ideia de fidelidade depende da maneira como você a vê. Você está se ligando a algo ou alguém, ou fazendo um compromisso intencional?
Em uma cultura onde fidelidade e lealdade são difíceis de encontrar, onde podemos encontrar exemplos dessas características? Quando penso em lealdade e fidelidade, lembro-me do livro de Rute.
Rute, Noemi e uma história de fidelidade
O livro de Rute é uma história relativamente curta e bonita. Eu recomendo. A história começa com uma família de Belém se mudando para o país de Moabe para escapar da fome. O pai e os dois filhos morrem deixando Noemi e as duas noras moabitas como viúvas. Noemi ouve que o Senhor abençoou Belém com comida e decide deixar o país estrangeiro. Ela diz a suas noras que o Senhor lhe deu as costas e a deixou sem família. Noemi pede que eles voltem para as casas de seus pais, mas eles se recusam a sair. Eles começam a soluçar, e Noemi diz que é mais amargo para ela do que para elas.
Orfa, uma das noras, dá um beijo de despedida em Noemi, mas Rute fica. De fato, Rute se agarra a Noemi e diz:
Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e ali serei sepultada; me faça assim o Senhor e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. [Rute 1:16-17]
Noemi vê então que Rute é persistente em ficar e para de insistir para que ela vá. As duas voltaram de Moabe e chegaram a Belém no momento em que a colheita da cevada começou.
No livro de Rute, fidelidade e lealdade são características nobres. É por causa do caráter nobre de Rute que ela chamou a atenção de um homem local chamado Boaz. Boaz ajudou na restauração de sua família.
Acho que isso mostra o que Deus valoriza. Esta história bíblica é um exemplo perfeito de como Deus quer ser em nossos relacionamentos. Assim como o Senhor recompensou Rute por sua fidelidade, Deus nos recompensará se defendermos um caráter nobre.
Como jovem, é difícil para mim imaginar como foi difícil para Ruth deixar seu país natal. No seu tempo, até sair para o campo e colher era perigoso. Mas Ruth não era apenas fiel, ela era corajosa. Ruth agarrou-se à sua fé. Ela não sabia o que ia acontecer quando decidiu sair de casa para uma terra desconhecida. Ela poderia facilmente ter ficado e feito uma nova vida para si mesma após a morte de seu marido.
Os caminhos invisíveis de Deus
Esta história não é apenas um reflexo de como devemos ser fiéis. É também um lembrete de como Deus é fiel a nós. A história fala da fidelidade de Rute a Noemi, mas também fala da fidelidade de Deus ao povo de Deus.
O interessante sobre o livro de Rute é que Deus nunca é mencionado pelo narrador na história. Deus não está fazendo nada diretamente na história, mas Deus é visto através do tempo e da providência divina. Deus está lá trabalhando nos bastidores para entrelaçar as ações e escolhas que as personagens fazem. Esta história nos permite refletir sobre como Deus está trabalhando na monotonia do dia-a-dia, nas tragédias e nas alegrias da vida. Aprendemos com essa história que quando somos fiéis a Deus e ao que Deus valoriza, novas possibilidades e uma visão melhor para nossa realidade se abrem para nós.
Madison Myers é estudante da Universidade do Tennessee em Chattanooga, com especialização em Marketing. Ela viajou para a maioria dos Parques Nacionais da América e está ansiosa para ver todos eles.
